Segundo semestre de 2021 registra números que animam o mercado hoteleiro no Rio de Janeiro
A pandemia da COVID-19, anunciada em março de 2020, apresentou impactos imediatos, sentidos não só no campo da saúde pública, mas também nas áreas sociais e econômicas. Dentre os diversos segmentos que foram prejudicados pela pandemia da COVID-19, como companhias aéreas, hotelaria e eventos, está também o do turismo, que registrou no Brasil um prejuízo de R$ 270 bilhões de março a dezembro de 2020. Segundo a ABRACORP (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), na hotelaria, somando nacionais e internacionais, o faturamento caiu de R$ 690 milhões, no primeiro semestre de 2020, para R$ 572 milhões no mesmo período deste ano. No segmento aéreo, o faturamento caiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 722 milhões, menos 49,3% na comparação.
Para o segundo semestre de 2021, a situação do mercado hoteleiro parece estar surfando uma onda de bons resultados: a Associação dos Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH) comunicou que a ocupação hoteleira no interior do Rio em julho deste ano ficou próxima do nível que estava antes da pandemia, uma vez que com média de 51% de ocupação nos hotéis significa um resultado de aproximadamente 7% abaixo do registrado no período em 2019. Em setembro, o cenário está sendo ainda mais positivo: no feriado de 7 de setembro, os hotéis do Rio de Janeiro registraram a maior ocupação desde o início da pandemia, sendo que no interior, a lotação média foi de 81%, indicou a ABIH.
Segundo levantamento realizado pelo Hotéis Rio, divulgado nesta semana, os bairros com maior procura por reservas nas últimas semanas foram Ipanema/Leblon, com 92% dos quartos reservados, seguido por Flamengo/Botafogo com 85% e Leme/Copacabana, com 84%. A rede B&B Hotels possui duas unidades em Copacabana, e divulgou recentemente que ambos os hotéis tiveram ocupação máxima nos finais de semana de agosto, além de alta ocupação em seu outro hotel, na zona Norte da cidade. A marca comunicou o aumento de membros na equipe comercial, devido à recente demanda e o otimismo para os próximos feriados e finais de semana de 2021.
A Rodoviária do Rio divulgou recentemente uma estimativa de que entre 3 e 8 de setembro, o número de viajantes foi de mais de 130 mil pessoas, entre embarques e desembarques, distribuídos em 4.440 ônibus. Em julho, o portal Mercado e Consumo havia divulgado pesquisa que apontava que 48% dos brasileiros pretendiam realizar uma viagem a lazer nos próximos 6 meses. Já em am agosto, a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) reforçou a tese de melhora na perspectiva do mercado, informando que com o avanço da vacinação (mais de 100 milhões de pessoas já estão com o plano de vacinação completo no país), o cenário pós-pandemia é de que o consumo tem a tendência de voltar a crescer, mesmo com o desemprego em alta, e o dinheiro das famílias pode ser direcionado novamente para viagens, lazer, turismo e outras atividades relacionadas.
Segundo levantamento da Decolar, o Rio de Janeiro é o destino nacional mais escolhido para o Réveillon, enquanto que o portal Hotelier News reporta que membros do mercado já indicam uma ocupação prevista de 100% no Réveillon.
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