Em novembro passado, um estrangeiro pegou um táxi do aeroporto Sheremetievo para uma ruazinha no centro de Moscou. A viagem deveria custar 2.500 rublos (em torno de R$ 165). Na chegada, o motorista deu a máquina para o passageiro pagar com cartão, mas o valor faturado acabou sendo mais de dez vezes maior – 25.600 rublos (R$ 1.680). Quando o turista percebeu que havia sido enganado, algum tempo depois, entrou em contato com a polícia, mas o trapaceiro continua solto.
Como evitar este e outros golpes de táxi em Moscou?
Sempre peça táxi por aplicativo
Na Rússia, os quatro principais aplicativos de táxi e transporte em geral são Yandex, Uber Rússia (o aplicativo Uber padrão não funciona no país), Gett e Citymobil. Todos estão disponíveis para download em lojas de aplicativos para smartphones.
Para usá-los, é preciso inserir um número de telefone e selecionar uma forma de pagamento. O ideal é que o usuário cadastre um cartão bancário, ou utilize um serviço como o Apple Pay. É melhor não usar dinheiro em táxis, porque é possível que o motorista não tenha – ou finja não ter – troco.
Como de praxe, o percurso e valor da viagem é determinado com antecedência e debitado pelo serviço, não pelo motorista, para que ele não possa pedir mais do que o custo real da viagem, como acontece às vezes.
Não caía na pressão dos taxistas de rua
Na maioria das vezes, eles se escondem em lugares lotados – estações de metrô, passagens subterrâneas e especialmente estações de trem e aeroportos. São aqueles caras que você vê no saguão de desembarque gritando: “Táxi, táxi.” Em casos raros, eles podem até ser agressivos e pegar sua mala, na tentativa de intimidar o cliente.
Esses motoristas irão, na melhor das hipóteses – ou, na pior das hipóteses –, roubar o passageiro. Também em novembro passado, soube-se de um taxista que roubou um empresário da Mercedes-Benz que acabara de chegar da Alemanha em Moscou. O cliente pediu um táxi do aeroporto ao hotel. Chegando, solicitou ao motorista que esperasse alguns minutos enquanto entrava no saguão do hotel. De lá, ele viu o carro ir embora com a bagagem ainda no porta-malas.
Evite o taxímetro
É assim que os turistas costumam ser enganados. O motorista indica um preço inicial, mas no final da viagem, o contador mostra mais dígitos do que você pensava ser possível. O motivo? Os engarrafamentos, é claro (ainda que as vias estivessem vazias). Ele então apresenta sua maquininha para receber o pagamento com cartão. O turista insere o cartão, e o valor de uma hipoteca é debitado de sua conta.
Se isso acontecer com um motorista de táxi particular, anote o número da placa e vá para a polícia. Mas, se o motorista vier com um carro acionado por aplicativo, forneça uma descrição detalhada do incidente ao serviço de atendimento ao cliente.
Escolha a melhor hora e local
Em Moscou, a hora, o ponto de partida, o destino, o trajeto e até o clima têm impacto direto no custo da viagem. O blog oficial do Yandex.Taxi recomenda, por exemplo, não viajar de manhã das 8h30 às 8h45, e à noite das 18h00 às 18h50.
Outro horário movimentado é sexta e sábado à noite, das 22h00 às 03h00. Isso ocorre porque muitas pessoas estão voltando para casa de festas, casas noturnas e etc.
Se for o caso, é melhor chamar um carro com 15 a 20 minutos de antecedência, ou esperar a hora do rush terminar.
Também vale a pena planejar as viagens com antecedência se estiver chovendo ou nevando – porque haverá mais pedidos (ninguém quer caminhar para lugar nenhum), menos carros livres, e o preço será muito maior.
Além disso, o preço da viagem depende de onde o cliente precisa ser buscado. Por exemplo, o preço pode cair em 100 rublos (R$ 6,60) se não for um endereço residencial, mas uma rua próxima. Alguns apps sugerem os lugares mais econômicos.
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