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O Fundo Mundial do Turismo prevê investir nos próximos cinco anos 1.000 milhões de dólares (910 milhões de euros) no setor em Angola, disse hoje o presidente da organização.
Bulut Bagci, que se encontra em Luanda para presidir à reunião do Fundo Mundial do Turismo (WTF, na sigla em inglês), que decorre de quinta-feira a sábado na capital angolana, falava à margem de um encontro com jornalistas para dar conta dos preparativos da conferência anual da organização.
Segundo Bulut Bagci, que lembrou que no passado dia 12 o Ministério de Hotelaria e Turismo e o WTF assinaram um acordo de parceria para apoiar o desenvolvimento do turismo em Angola, são vários os projetos de investimento em que a organização está interessada, destacando o polo de turismo proporcionado pelo Parque Nacional da Quissama, no litoral a sul da província de Luanda, já na do Bengo.
O presidente do WTF manifestou também interesse no Polo de Desenvolvimento Turístico de Cabo Ledo, cerca de 120 quilómetros a sul de Luanda, estando em estudo a possibilidade de se construir infraestruturas turísticas que incluam campos de golfe.
Bulut Bagci destacou ainda que o fundo tem em carteira um projeto de investimento ligado ao turismo no centro da cidade de Luanda e citou experiências do Dubai e de países como a Turquia, Espanha e África do Sul, que implementaram modelos de desenvolvimento turístico e tiveram sucesso.
Nesse sentido, chamou a atenção para a necessidade de o setor do turismo ser visto para além da construção de hotéis, na perspetiva da educação e formação de recursos humanos.
Luanda será a segunda cidade africana a acolher o fórum, depois de Acra (capital do Gana).
Dados do Instituto Nacional de Estatística indicam que o setor turístico em Angola contribui com cerca de 3,5% para o Produto Interno Bruto do país.
O programa da reunião prevê, além de palestras e debates, visitas ao Polo de Desenvolvimento Turístico de Calandula (na província de Malanje), de Cabo Ledo (Luanda) e à província do Namibe, região que possui atrativos turísticos, como o parque do Yona, o deserto e a Welwitschia Mirabilis.
A Welwitschia Mirabilis é uma planta popularmente conhecida por “polvo do deserto” que só existe no deserto do Namibe, em Angola.
Durante o fórum, o Ministério do Turismo angolano vai aproveitar para homenagear alguns operadores do setor, enquanto a Sociedade de Comercialização de Diamantes de Angola (Sodiam) vai realizar um leilão de pedras preciosas.
Por seu lado, a ministra do Turismo angolana, Ângela Bragança, afirmou que, ao acolher a iniciativa, o objetivo do Governo é atrair investidores estrangeiros e grandes operadores mundiais, além de turistas de lazer.
Segundo Ângela Bragança, Angola vai trabalhar com o WTF durante um período não inferior a cinco anos, com o objetivo de desenvolver a atividade turística, atrair investidores e promover a imagem do país.
A dinamização do setor é uma das alavancas para a diversificação da economia e insere-se nas prioridades do Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022, lembrou.
Ângela Bragança, sem os nomear, indicou também que cinco hotéis de capitais públicos, situados nas províncias de Cabinda, Benguela, Huíla, Luanda e Namibe, vão ser privatizados este ano pelo governo angolano, processo que será liderado pelo Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado e pelo Instituto de Fomento Turístico.
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