Embratur lança campanha internacional com TikTok para atrair nômades digitais

Ação vai impactar profissionais que trabalham de forma remota e vivem temporariamente em diferentes países. Além dos atrativos turísticos, o Brasil oferece infraestrutura cada vez mais conectada.

 O Brasil está pronto para conquistar mais um público em plena expansão global: os nômades digitais. Com isso, a Embratur lança, nesta segunda-feira (20), a campanha inédita “Brasil, seu escritório dos sonhos. Venha trabalhar e viver intensamente”, que posiciona o país como um dos principais destinos para profissionais que trabalham remotamente e desejam desfrutar de experiências culturais, de natureza e de qualidade de vida.

A ação será veiculada nos Estados Unidos, no México, na Espanha e no Reino Unido, por meio da plataforma TikTok, com a participação de três influenciadores internacionais que compartilharão suas vivências no Brasil.

Segundo o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o objetivo é posicionar o país como um destino desejado, oferecendo não só um local para trabalhar remotamente, mas também comunidades com infraestrutura adequada para os nômades digitais, impulsionando o setor de viagens e hospedagens sustentáveis no Brasil. “Os nômades digitais representam um público exigente, conectado e de alto impacto econômico. Queremos mostrar que o Brasil reúne todos os ingredientes para se tornar um dos destinos preferidos desse movimento global”, destaca.

Por meio da campanha, a Embratur projeta aumentar em 30% ao ano a emissão de vistos desse público e ampliar a presença do Brasil em comunidades e rankings globais especializados. Com o visto para nômades digitais – instituído pela Resolução Normativa nº 45/2021 –, estrangeiros podem viver legalmente no país por até dois anos, com segurança e acesso facilitado a serviços.

A campanha da Embratur reforça atributos estratégicos do país, entre eles, as experiências do Feel Brasil. O programa é um projeto da Embratur em parceria com Sebrae que visa promover experiências turísticas autênticas e sustentáveis no país, com foco em pequenos negócios e comunidades locais. A iniciativa busca apresentar um Brasil diverso com vivências que valorizam a identidade nacional, a cultura, a natureza e a gastronomia.

Destinos mais procurados

Alguns destinos no Brasil já são reconhecidos por atrair trabalhadores remotos. Entre eles:

Florianópolis (SC): eleita pela organização Remote Year como a melhor cidade do mundo para trabalho remoto, combina infraestrutura, natureza e vida cultural.

– Pipa (RN): primeira vila nômade digital do Brasil, atrai profissionais da Argentina, Holanda e outros países europeus.
– Rio de Janeiro (RJ): conta com o selo SETUR, que garante benefícios e infraestrutura específica para viajantes temporários.
– Brasília (DF): recentemente nomeada pela InsureMyTrip como a melhor cidade do mundo para nômades digitais, pelo equilíbrio entre infraestrutura, conectividade e qualidade de vida.
– São Paulo (SP): principal centro de negócios e tecnologia do país, oferece diversidade de coworkings, restaurantes e vida urbana.

Outros polos em ascensão: destinos como Jericoacoara (CE), Itacaré (BA), São Miguel do Gostoso (RN) e Búzios (RJ) se destacam pela combinação de esporte, bem-estar e estilo de vida praiano.

A campanha

O público-alvo da campanha reúne profissionais que exercem atividades para empresas ou clientes no exterior e têm liberdade para trabalhar de qualquer lugar do mundo, desde que tenham uma boa conexão de internet.

Segundo a pesquisa The 2025 State of Digital Nomads, já são 40 milhões de profissionais vivendo nesse modelo de trabalho no mundo, com previsão de crescimento para 60 milhões até 2030. Só os Estados Unidos concentram 18,1 milhões de nômades digitais, seguidos por Reino Unido, Canadá, Rússia e Alemanha como principais países emissores.

O perfil dos viajantes é altamente qualificado e de alto poder de consumo. A idade média é de 36 anos, a maioria é formada por homens (84%) e quase 90% têm diploma de ensino superior. Em termos de renda, 69% ganham entre US$ 50 mil e US$ 250 mil por ano, o que demonstra o potencial desse público para movimentar economias locais, sobretudo em setores como turismo, moradia, gastronomia, bem-estar e experiências exclusivas.