O guia destaca o trabalho dos principais profissionais da área
“Talvez a palavra ‘obsessão’ seja um pouco exagerada para definir a relação da enóloga Viviana Navarrete com a Pinot Noir. É, antes, um desafio que ela se impôs desde que chegou como enóloga-chefe à Viña Leyda em 2007. Nas encostas de granito e argila da cordilheira da Costa, no litoral do Vale de San Antonio, Viviana tem agora uma das melhores matérias-primas de Pinot Noir da América do Sul. Lá, as uvas amadurecem lentamente, agitadas pelas brisas frescas do Pacífico e o que ela faz é buscar aquele ponto de maturação que lhe permite obter tintos frescos, nervosos, cheios de vitalidade “, comenta o jornalista Patricio Tapia, sobre a escolhida.
Viviana Navarrete veio para Viña Leyda em 2007 com a aspiração de fazer vinhos com uma identidade clara e forte. O objetivo era – e continua sendo – fazer da vinha o melhor produtor de Pinot Noir, oferecendo vinhos frescos e elegantes, que expressem todo o potencial do Vale e o clima fresco da costa. “Agradeço imensamente este grande reconhecimento, é muito bom ver como a dedicação, paixão e entrega que se coloca no trabalho diário, conseguem passar adiante e, de certa forma, serem lidos. Por trás disso, há muita persistência e busca, principalmente com o Pinot Noir, que é uma variedade que sempre admirei, talvez a mais exigente de todas e estou muito entusiasmada com isso. É uma profissão onde nunca paramos de aprender, por isso é duplamente estimulante”, confessa Viviana.
Há alguns anos, Peter Richards a nomeou uma das dez melhores vinicultoras do Chile e Kim Marcus, da Wine Spectator, a chama de “uma das melhores vinicultoras de Pinot Noir do Chile”. Em 2018, a Wine Enthusiast a mencionou como uma das melhores expoentes femininas da indústria do vinho.
Este reconhecimento se soma aos obtidos no ano passado, quando a prestigiosa publicação norte-americana Wine Enthusiast selecionou Viviana Navarrete entre os 12 melhores enólogos do mundo. Um mês depois, o proeminente “Master of Wine” britânico Tim Atkin publicou seu Relatório Chile 2020, onde nomeou Navarrete Enóloga do Ano, destacando que “a indústria do vinho chilena é mais rica graças ao seu talento, dedicação, gentileza e charme”.
“Na Descorchados, testamos o trabalho em Pinot de Viviana desde o seu início e ficamos surpresos com a evolução de exemplares que pouco tinham a ver com a variedade até tintos finos intimamente relacionados à sua origem. E esse trabalho também tem sido útil para o Tayu, o Pinot que ele faz com a comunidade Mapuche de Buchahueico, na região de Purén, no Vale do Malleco. Um Pinot completamente diferente do produzido em Leyda, mas também com um profundo sentido de origem. Ambos foram eleitos, este ano, os melhores Pinot de Descorchados. Mas, cuidado, o trabalho de Viviana oferece muito mais. Experimente tudo o que ela faz. Lá tem vinhos muito bons”, finaliza Tapia.
Website: https://www.leyda.cl/