Risco de piora da pandemia dispara novo alerta sobre turismo e a compra de moeda

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Avanço da variante Ômicron deixa incerteza sobre abertura de fronteiras e impacta na variação cambial. Turistas devem planejar bem o momento de comprar para não correr o risco de ficar com dinheiro parado e nem deixar para última hora

Agência Dino

São Paulo – Com o anúncio oficial do risco de um novo recrudescimento da pandemia, dessa vez pela variante da Covid-19, a Ômicron, o mundo começa a fechar fronteiras internacionais e a tendência é uma queda no consumo de viagens internacionais pelos brasileiros, que estava voltando a crescer com a redução no número de casos e mortes.

A notícia não só preocupa o mercado de turismo, como também já provocou impactos em nível macro, derrubando índices em Bolsas de Valores e promovendo oscilações na economia dos países. No Brasil, o dólar manifestou alta de 0,46% e estava cotado a R$ 5,636 (30/11, Às 20h12). Quem ainda quer manter os planos de visitar outros países ainda não embarreirados ou está olhando para o futuro, construindo o planejamento de uma viagem, é preciso observar os fatos do passado recente e ter calma para conseguir organizar as finanças ao redor do contexto de crise para um passeio seguro e sem tantos gastos excessivos.

“Ainda estamos entendendo essa nova variante, verificando a letalidade, os sintomas e outras informações que nos ajudarão a desenhar os cenários. De toda sorte, é importante começar a, gradualmente, comprar a moeda estrangeira e seguir juntando o dinheiro, sem depender muito do que irá acontecer na última hora. Assim, será possível mitigar danos ocasionados pelas interferências do momento, caso venha a piorar”, explicou o especialista em câmbio Anderson Souza Brito.

Essa estratégia de compra de dólar para viagem internacional é muito utilizada e tem até nome: Dollar Cost Averaging (DCA). O DCA consiste na escolha da moeda do local para onde o turista vai e na aplicação periódica de uma quantia fixa para fazer a compra. Para ter uma análise mais certeira de quando fazer o câmbio, é importante ficar atento à volatilidade da moeda por meio de fatores políticos e econômicos, como turbulências políticas, status de vacinação da população local e intervenção dos Bancos Centrais. Fatores como estes podem alterar taxas de juros para fazer a contingência da crise da pandemia.

O especialista esclarece que na compra de dinheiro vivo o imposto é menor. Com isso, o turista economiza mais. Quando as cédulas são compradas em casas de câmbio, a taxa do Imposto de Operações Financeiras (IOF) está em 1,10%, valor ideal para fazer a troca. Com o cartão pré-pago, a incidência do IOF sobre os custos é de 6,38%, aplicando a taxa de câmbio do momento em que o cartão for carregado. Também é de 6,38% a taxa do uso de cartão de crédito internacional. No entanto, esse valor será aplicado de acordo com o momento da utilização pelo viajante.

Para tornar essa questão mais prática, segura e barata, o turista pode abrir uma conta corrente internacional em dólar. Além das vantagens de transporte, a cotação do dólar nesta modalidade é comercial, e não de turismo, o que garante uma economia maior. “A conta corrente é a melhor saída para economizar, ter segurança, controle e simplicidade. Além de usar a cotação comercial, a pessoa não fica limitada ao valor de R$ 10 mil e a obrigatoriedade de declarar à Receita Federal”, afirma o especialista.

Caso o viajante saia do Brasil com mais de R$ 10 mil em espécie, será preciso preencher a Declaração Eletrônica de Bens de Viajantes (e-DBV) e apresentar o dinheiro à fiscalização aduaneira. Além disso, o turista precisa redobrar os cuidados ao guardar e a manusear o dinheiro nos aeroportos.

 

 

 

 

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