Conhecer a Região das Missões é uma verdadeira viagem no tempo, à magia e aos mistérios desta terra. Andar por aqui é reviver a saga dos primeiros padres da Companhia de Jesus, os jesuítas, que em 1609 atravessaram o mundo para conviver com os índios guaranis dentro dos princípios da fé cristã. A região e reconhecida por Voltaire e Montesquieu, filósofos do Iluminismo, como a realização da utopia do Cristianismo – A Terra sem Males.
As Missões são um lugar de visita fundamental a quem pretende entender as raízes do sul do Brasil e da América Latina e apresenta aos seus visitantes diversos patrimônios culturais da humanidade e descortina o cenário de 160 anos de história, onde Jesuítas e Guaranis realizaram os ideais do Cristianismo na prática. Andar pelos caminhos que uniam a antiga província jesuítica do Paraguai, hoje distribuídos pelas fronteiras do Mercosul, é sentir a energia presente que emana de cada um desses atrativos.
Atrações
Caminho das Missões: Caminhar pelas Missões é muito mais que uma atividade de aventura ou lazer. São momentos de superação física, emocional e de relacionamento, em um lugar cheio de energia, magia e história.
Espetáculo de Som e Luz: Ver o show diário, tendo a Igreja de São Miguel como palco, que conta a história das Missões através das duas testemunhas que permanecem no local: a Igreja e a Terra. O espetáculo inicia ao anoitecer e reproduz o sentimento histórico da região.
Museu das Missões: O Museu das Missões, localizado junto ao Sítio Arqueológico de São Miguel das Missões, foi projetado por Lúcio Costa. O Museu é inspirado nas antigas casas indígenas da redução jesuítica Guarani com seus avarandados. O prédio abriga cerca de 100 imagens do barroco missioneiro. As obras foram confeccionadas nas reduções durante os séculos XVII e XVIII sendo considerado o principal acervo do país.
Sítio Arqueológico de São Miguel Arcanjo: Dos antigos sete povos jesuítico-guarani que ficaram no Rio Grande do Sul, São Miguel se destaca por apresentar o maior número de estruturas e em melhor estado de conservação, tanto que foi declarado Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade em 1983. Suas ruínas atraem até hoje uma corrente turística de distintos pontos do mundo e é impossível visitá-las sem se deixar tocar pela grandiosidade do espírito missioneiro. Dentro do sítio é possível visitar o Museu das Missões, assistir ao espetáculo Som e Luz e ter contato com índios guaranis e o artesanato que produzem atualmente, além de adquirir artigos de recordação.
Artesanato
“Impressionar”, esta palavra que resume o povo missioneiro desde os seus primórdios. A cada olhar vê-se um detalhe precioso e nas mãos de artesãos talentosos a matéria-prima tomar formas que valorizam esta história memorável. As cores marcantes, o energia do chão, do céu das Missões, o pôr-do-sol, o jeito de ser do missioneiro e as formas iconográficas, dão brilho e formas únicas à pedra, a madeira, a fibra, o couro… Perpetuando a cultura com arte… A forma mais espontânea de expressão de um povo.
Gastronomia
A gastronomia missioneira teve seu início com os índios guarani. Com a chegada dos jesuítas, começaram a haver as primeiras de outras tantas transformações feitas com o progressivo contato com as diferentes etnias.
Guarani – Milho, mandioca, batata doce, feijão, abóboras e morangas, frutas silvestres, peixes e aves faziam parte da comida guarani. Tais produtos ainda hoje permanecem na mesa missioneira. O uso da erva-mate na forma de chimarrão, característica da cultura gaúcha, teve origem com o povo guarani.
Espanhóis – Com a chegada dos jesuítas veio o cultivo das videiras, a elaboração do vinho, introdução do uso do sal na cozinha, o cultivo de pomares e hortas. São eles os primeiros a fazerem o pão (o corpo de Cristo), usado nas cerimônias religiosas.
Portugueses – Deles foram herdados a cana-de-açúcar e seus derivados; cachaça, melado, açúcar, rapadura, produtos que hoje são a identidade econômica de alguns municípios da região.
Alemães – Trouxeram o uso da carne suína, picles, chucrute e outras conservas. Todavia, a maior influência germânica está nas cucas, chocolates, bolachas e tortas.
Italianos – São hábitos herdados dos italianos o consumo e a fabricação de sorvetes, as massas com suas variedades de formas, receitas e preparos e o consumo da carne de galinha.
Poloneses – O consumo de pato e o pirogue, um pastel assado recheado com nata são símbolos da rica mesa dos descendentes de poloneses na região.
Informações
Clima:
O clima na região possui as estações bem definidas. No inverno as baixas temperaturas permitem visualizar campos cobertos de sereno ou geada. Durante o dia com temperaturas médias de 13° e a noite próximas a 3°. O verão as temperaturas sobem. Os dias quentes com temperaturas a mais de 30° são aliviados pelo vento minuano (vento fresco que sopra na região) que refresca a temperatura e torna a noite mais agradável.
Distâncias:
Porto Alegre – 490km
Serra Gaucha- 490 km
Florianópolis- 718 km
Curitiba- 800 km
Foz do Iguaçu – 420 km
São Paulo – 1.290 km
Rio de Janeiro – 1.600 km
Posadas (Argentina) – 255km
Buenos Aires (Argentina)- 1.350 km
Assuncion (Paraguai) – 1.240 km
Montevideo (Uruguai) – 1.080 km