Um campanário flutuante para um toque de melancolia, extensas áreas brancas para os adeptos do minimalismo, desfiladeiros gigantescos ou lagos com água fervente para explorar ao máximo as paisagens extremas – decida o que causará melhor impressão entre os seus amigos nas redes sociais.
Maravilhas selvagens de Kamtchatka
É caro, muito frio e longe, mas oferece paisagens de tirar o fôlego. Kamtchatka é um lugar extremamente único, onde é possível visitar a cratera de um vulcão, surfar no Oceano Ártico, dormir sob o céu estrelado da região norte do planeta, pescar com ursos, andar por um vale de gêiseres e, mais importante que tudo, fazer fotos deslumbrantes da natureza selvagem – tão selvagem que às vezes tem-se a impressão de estar fora da Terra.
Campanário flutuante no rio Volga
Para os aficionados por história, o campanário flutuante na cidade de Kaliazin, parcialmente submersa pela água, abre um grande capítulo da realidade soviética. A maior parte dessa pequena cidade à beira do Volga desapareceu sob as ondas do reservatório local, quando a construção da barragem de Uglitsch foi adiante. Os terrenos de edifícios históricos acabaram sendo propositadamente demolidos. O Mosteiro da Santíssima Trindade, junto com suas capelas e dormitórios monásticos, foram dinamitados. No entanto, devido algum motivo inexplicável, os responsáveis por demolir os edifícios não destruíram o campanário da Catedral de São Nicholas antes de a água sair varrendo a cidade toda. Várias décadas atrás, milhares de habitantes presenciaram a grande tragédia na região, e o campanário se tornou um ponto turístico para tirar fotos melancólicas.
Paisagens nevadas de Tchukotka
Tchukotka é a região mais remota, inalcançável e inóspita da Rússia. É também a menos explorada. Estando ali, sente-se como um pontinho no silencioso deserto de neve. Os visitantes ficam expostos aos ventos de dois oceanos, é possível ficar em um continente enquanto se observa o outro, ver a flora e fauna únicas do Ártico, além dos monumentos misteriosos de antigos habitantes de Tchukotka. É um ótimo lugar para fazer uma selfie “congelada”, com neve cobrindo sobrancelhas e cílios.
A maior parte de Tchukotka está situada para além do Círculo Polar Ártico. Por isso, no inverno, que dura até nove meses por ano, muitas casas ficam enterradas na neve até o telhado. Para sair da casa na parte da manhã, as pessoas tem que abrir a porta para dentro e cavar um túnel através da neve.
Assentamentos dos pastores de renas
Na península de Kola, os veados se mostram tão independentes que parecem até tirar selfies por si mesmos – ocasionalmente, conseguem roubar o seu celular. A longa noite polar é tomada pela luz do dia uma vez por ano, e, com o alvorecer tão aguardado, o sol sai do horizonte por mais de 30 dias. Além de os pastores de renas lerem a sorte na aurora boreal, é possível dormir em uma barraca cercada por tocas de urso, visitar cidades fantasmas nas ilhas do extremo norte do planeta ou andar de motoneve pelos vastos desertos da tundra.
Pistas de Sôtchi
Para curtir uma paisagem tropical com palmeiras e brisa fresca do mar, logo depois de esquiar em encostas nevadas, vá para Sôtchi. O ar da aldeia turística de Roza Khutor é apurado com doces melodias de canções populares e com o aroma de vinho que matura em silêncio pelos barris espalhados nas ruas. A mais conhecida estância russa se tornou um “paraíso turístico” e, com os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, ganhou novas instalações. As pessoas costumam visitar o local para esquiar nas novas pistas, relaxar nas praias de areia, escalar penhascos e desfrutar do ar refrescante das reservas naturais do Cáucaso.
Montes Urais sobre o ar e sob a terra
Os montes Urais são lindos de qualquer ponto de vista – dá para tirar uma boa selfie em uma caverna subterrânea congelada ou tirar uma foto das montanhas mais antigas do mundo enquanto se sobrevoa a região. A pequena cidade de Kungur é famosa não só pela caverna gigante, mas também como marco zero para todos os fãs de balonismo. Os Urais também são um verdadeiro paraíso para os interessados por atividades paranormais – há muitas lendas sobre a aparição de OVNIs, e os visitantes adoram seguir os passos da expedição perdida do grupo Dyatlov.
Telhados de Moscou
Tal como acontece com a maioria das capitais financeiras com ritmo acelerado de crescimento, Moscou é uma cidade de individualistas. Só ali dois caras podem começar uma briga porque um deles estragou a selfie do outro, porque estava distraído tirando uma foto de si no mesmo momento. Essa cidade cosmopolita e vívida com aspecto antigo e arquitetura grandiosa é um caldeirão para quem quer começar a sua viagem pela Rússia. Se por um lado não retrata o modo de vida do país, por outro, é um vitral gigante, combinando milhões de rostos de diferentes etnias e idades, pessoas de todos os cantos e épocas desse extenso território. Esta colagem é melhor observada à distância – por que não tentar fazer uma foto de um dos inúmeros telhados da capital?
Espelhos de água do lago Baikal
O lago Baikal coleciona recordes: trata-se do mais profundo, mais puro, o maior… Por isso, deixar de tirar fotos ali é quase um pecado. O lago Baikal é um mundo habitado por milhares de espécies de pássaros, animais, plantas, peixes e microrganismos – muitos dos quais não são encontrados em nenhuma outra parte do mundo. Em geral, as pessoas visitam o lago para meditar e se deleitar com a paisagem única. Está também listado entre os patrimônios naturais da Unesco. No verão, dá para tentar nadar na água gelada, visitar as ilhas de barco e sair para pescar. No inverno, é o melhor lugar para patinação, pois torna-se a maior pista de gelo natural do mundo.
Fonte: Gazeta Russa