Depois de rodar 1580 quilômetros pela famosa Ilha de Fidel, juntamente com colegas jornalistas do mundo inteiro, chegou ao fim minha viagem de cobertura do Festival Internacional de Turismo, o FITCuba 2014 que teve como país homenageado a França.
Mais do que reunir num mesmo ambiente os pacotes, diferenciais e destinos turísticos oferecidos em Cuba, o evento proporcionou a 143 jornalistas o convívio intenso durante dez dias regado a muito mojito, muitos passeios, muitas danças, a incansável melodia Guantanamera e nenhum descanso. Para cumprir com uma programação que incluia visita a cidades histórias, monumentos, museus, reconhecimento do parque hoteleiro, atrações e atividades que o país coloca a disposição do turista, foi necessário muita energia. A intensa programação acabou aproximando colegas de países bem diferentes como os brasileiros, osrussos, ucranianos e orientais que dividiram o mesmo ônibus do comboio de 5 moderníssimos veículos que chegavam causando alvoroço aonde passava.
A primeira constatação é a de que Cuba tem atrações que muita gente ainda desconhece. No caso dos brasileiros, a proximidade de ideologia entre o partido da nossa presidenta e as ideias do ex-presidente cubano garantem boa parte do preconceito quanto ao destino que anualmente recebe mais de 3 milhões de turistas, em sua maioria canadenses, responsável pela visita de 1 milhão de turistas pelo terceiro ano consecutivo. Depois são os ingleses, alemães e franceses que mais visitam a Ilha do Caribe. Antes do Brasil, na ridícula 56º posição, ainda vem Argentina, Espanha, Russia e Venezuela como emissores de turistas que movimentaram apenas em 2013 mais de 805 milhões de pesos cubanos, um incremento de 5% em relação ao período anterior.
Além das atrações naturais, de cidades e monumentos de riqueza histórica e considerados patrimônio cultural da humanidade, a ilha oferece uma parque hoteleiro com 26 empresas mistas que representam 15 hotéis e mais 17 gerências estrangeiras em mais de 62 contratos que somam35 mil habitações de diferentes características.
Da sofisticada rede Iberostar, passando por Sofitel, Meliá, hoteis temáticos, resorts e casas de família, as cidades oferecem acomodação para bolsos de todos os tamanhos e de acordo com o interesse da atividade a ser desfrutada. Em LasTerrazas, por exemplo, é possível hospedar-se em um hotel totalmente sustentável e conviver em uma comunidade situada dentro da reserva de 5 mil hectares de bosques na Serra do Rosário, a 60 quilômetros da capital Havana.
O hotel Moka é um programa à parte. Integrado à comunidade e ao uso racional dos recursos naturais para o turismo, o local está próximo às ruínas de plantações de café do século 18, tem aposentos românticos inspirados na arquitetura colonial espanhola e conta com um átrio onde uma imensa árvore interliga a recepção e o telhado. Um restaurante vegetariano e orgânico também é atração no local considerado patrimônio histórico pela Unesco desde 1985.
Sessão solene no Hotel Nacional
A cerimônia de abertura da 34ª edição da Feira Internacional de Turismo aconteceu no emblemático Hotel Nacional, que no esplendor de sua arquitetura art déco datada de 1930 recebeu um mar de convidados que se impressionaram também com o coquetel frugal e belíssimos carros antigos que disputavam espaço no jardim com as muitas estátuas vivas.
O discurso do ministro do turismo, Manuel Marrero Cruz, mais do que uma prestação de contas em relação às iniciativa do governo para incrementar o setor, foi de entusiasmo com a atual performance de Cuba nas atividades turísticas e promessas de ainda mais investimentos em serviços e equipamentos com vistas a equiparar-se aos grandes destinos mundiais.
A parceria com a França, país homenageado pela FITCuba em 2014, demonstra claramente a intenção de ampliar a presença das companhias francesas na ilha. Um acordo entre a Cubana de Aviacion e a Air France, por exemplo, elevou na última semana para 14 o total de vôos semanais do país para Cuba, sem contar novos acordos para construção de clubes, campos de golf, hotéis e novos catamarãs franceses a chegar à Ilha dos irmãos Castro.
Apesar das limitações impostas pelo embargo dos Estados Unidos, Marreiro Cruz não se furtou de prometer atualização do seu modelo econômico e o aperfeiçoamento do seu parque de comunicação e tecnologia visando ampliar o acesso a informação e a novas plataformas de contato entre Cuba e o resto do mundo.
A nova lei de investimentos estrangeiros também estimulará a criação de novos produtos turísticos uma vez que serão garantidos incentivos fiscais e exoneração por 8 anos de impostos e taxas. “Queremos aumentar nossa competitividade na zona do Caribe e garantir a elevação e a diversificação de nossa oferta turística”, afirmou o ministro, mencionando a construção de novos empreendimentos hoteleiros em Varadero, Cayo Coco, Punta Rasa, Trinidad e Santiago de Cuba.
Os 500 anos de fundação de cidades que são patrimônio cultural da humanidade devem elevar o turismo na ilha, além dos conhecidos destinos de Varadero e Havana. Baracoa, Bayamo, Trinidad, Camaguey e Santo Spiritu, Santiago de Cuba e Remédios devem incrementar o turismo interno e os roteiros de natureza e rural.
*A jornalista viajou a convite da Sanchat Tour.
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